WWF lança campanha de sensibilização para assinalar Dia Mundial dos Oceanos

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07 June 2017
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) – escritório de Moçambique - vai lançar na próxima Quinta-feira, uma campanha para celebrar o Dia Mundial dos Oceanos, que se assinala a 8 de Junho de cada ano. A iniciativa tem como objectivo sensibilizar o público, na sua maioria jovens, sobre a importância do meio ambiente marinho, mostrando também a dependência que os humanos tem em relação ao mar. Direcionada exclusivamente as redes sociais, a campanha terá a duração de 30 dias e vai consistir em vídeos que contam histórias sobre as várias perspectivas que a sociedade têm sobre o mar, mostrando as maravilhas, os benefícios que este tem para as economias dos países e para as pessoas, de modo particular. Este ano, o lema das Nações Unidas para o Dia Mundial dos Oceanos é “Nosso Oceano, Nosso Futuro”. Porém, em Moçambique, a data será comemorada sob o lema “Nosso Mar, Nosso Futuro: Por Um Mar Saudável Para a Geração Actual e Vindoura”.

Com o lema, o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP) organismo do estado com o mandato sobre todos os assuntos do mar, pretende convidar a todos a reflectirem sobre como usamos os nossos recursos no mar, oceano e a própria gestão dos recursos marinhos. Os oceanos cobrem cerca de dois terços da superfície da terra e são os alicerces da vida. Eles geram a maior parte do oxigénio que respiramos, absorver uma grande parte das emissões de dióxido de carbono, fornecem alimentos e nutrientes e regulam o clima. Eles são importantes do ponto de vista económico para os países que dependem do turismo, pesca e outros recursos marinhos para o rendimento e para servir como a espinha dorsal do comércio internacional. De acordo com o relatório “Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: acções para um futuro sustentâvel”, lançado pelo WWF em Janeiro deste ano, aproximadamente 60 milhões de pessoas vivem num raio de 100 km de costa em todo o Oceano Índico Ocidental, instaurando pressão sobre os recursos naturais disponíveis. O documento avança que este facto deve-se ao rápido aumento dos níveis populacionais e de consumo, juntamente com a alta dependência por recursos costeiros e marinhos para o sustento e a subsistência. Igualmente, apela a uma acção mais eficaz para salvar os ecossistemas marinhos: “não pode existir um futuro económico saudável para os países do Oceano Índico ocidental sem a protecção e restauração dos ecossistemas que suportam as indústrias como a da pesca e do turismo”. O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado na mesma altura que a Cidade de Nova Iorque acolhe, de 5 a 9 de Junho, a Conferência dos Oceanos, que reúne líderes de vários países, organizações internacionais, sociedade civil, setor privado e as comunidades científicas e acadêmicas.

Esta conferência é vista como uma oportunidade única para que os governos e todos os actores envolvidos possam assumir compromissos sérios e tomar atitudes em torno dos oceanos, cujos recursos sofrem devido a acção humana. Origem do Dia dos Oceanos O Dia Mundial dos Oceanos foi proposto pela primeira vez na Conferência Mundial do Desenvolvimento Sustentável, em 1992, mais conhecida por Rio+20, que decorreu na cidade brasileira com o mesmo nome, Rio de Janeiro. Mas foi a partir de 2008, com a Resolução A/RES/63/111, de 5 de Dezembro, que a Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu oficialmente o dia 8 de Junho como “Dia Mundial dos Oceanos”. Este reconhecimento oficial é uma oportunidade para aumentar a consciência mundial para os desafios que se deparam à comunidade internacional na sua relação com os oceanos. Desde então, vários países celebram a data mostrando a importância dos oceanos como sendo essenciais à segurança alimentar, à saúde, sobrevivência de qualquer forma de vida, ao clima e como elemento essencial da biosfera. A importância dos oceanos para a preservação das espécies e da biosfera é um dos vários factos destacados pelas Nações Unidas, que escolhe todos os anos um tema central para o debate de novas ideias e projetos de preservação e proteção dos oceanos.

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