Hora do Planeta alcança os melhores resultados de sempre

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22 April 2021
Começou por ser um evento simbólico em Sydney, em 2007, mas rapidamente a “Hora do Planeta” tornou-se num dos maiores movimentos mundiais para aumentar a consciencialização sobre as mudanças climáticas e a perda da natureza.
 
Ao longo dos anos a “Hora do Planeta” superou todas as expectativas, inspirando e capacitando indivíduos, comunidades, empresas e organizações de 190 países e territórios a agir em defesa do planeta.
 
O uso abusivo da terra e o consequente desmatamento para expansão e intensificação insustentável da agricultura e pecuária, assim como o consumo excessivo e nalguns casos o consumo ilegal de espécies selvagens de alto risco são factores que impulsionam o surgimento de doenças zoonóticas. No início de 2020, com a propagação da COVID-19, tornou-se evidente que a nossa saúde e a saúde do planeta estão intrinsecamente ligadas, e que ambas estão sob ameaça. A Humanidade foi forçada a entender a urgência de focar os seus esforços em travar a perda da natureza, pois esta é a base crítica de um planeta saudável e a solução mais poderosa e eficaz para evitar a ocorrência de desastres climáticos e o aparecimento de novas ameaças pandémicas.
 
As florestas purificam o ar, regulam a temperatura e retêm a água que alimenta o caudal dos rios. As árvores e a vegetação mitigam as mudanças climáticas através do sequestro de carbono. A natureza protege-nos dos impactos das mudanças climáticas, pois os ecossistemas intactos como as florestas, as pastagens, os pântanos, os mangais e os recifes de coral oferecem a nossa maior protecção contra as inundações e tempestades. Os solos saudáveis ​​e ricos em biodiversidade são essenciais para o cultivo e os glaciares são as principais fontes de água potável do mundo.
 
2020 provou que a natureza é essencial à nossa existência. Ela sustenta tudo: o ar que respiramos, a água que bebemos e os alimentos que comemos. Mas ainda assim, continuamos a manter uma relação perigosamente desequilibrada com ela. A actividade humana tem vindo a alterar as paisagens e ecossistemas deixando-os irreconhecíveis, poluindo cursos de água, enchendo os oceanos com resíduos plásticos e destruindo a natureza a uma escala sem precedentes. A COVID-19 é a prova de que a nossa atitude destrutiva para com o planeta transforma-se em destruição humana. É vital reverter a perda de biodiversidade e restaurar os ecossistemas destruídos e deteriorados, se quisermos ter um futuro.
 
Forçados a ficar em casa para nos protegermos deste novo vírus, a Hora do Planeta ganhou um novo formato em 2021 e reinventou-se. Em vez de “deixarmos o mundo às escuras durante 60 minutos” (como habitualmente fazíamos) decidimos recorrer às plataformas digitais para desencadear milhões de conversas sobre a importância da natureza. A ideia não só foi um sucesso como nos permitiu bater todos os recordes: no dia 27 de Março, às 20h30, 192 países juntaram-se para dar voz à natureza. A #HoradoPlaneta e outras hashtags foram tendências em 42 países, no Twitter e no Google e geraram 1,2 billiões de visualizações no Tik Tok. António Guterres (Secretário-Geral da ONU) e o Papa Francisco foram alguns dos líderes mundiais que se juntaram a este movimento. O vídeo publicado nesse dia (e que pode assistir clicando no botão abaixo), atingiu 2,4 milhões de visualizações, em apenas 24 horas, provando que juntos é possível.

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