A Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS), nas Províncias de Nampula e Zambézia, é composta por 10 ilhas e dois complexos de recifes de coral, e é rica em biodiversidade marinha. Na APAIPS, passeiam pelas águas cristalinas as glamorosas tartarugas marinhas, que também põem ovos nas praias de areia branca daquelas ilhas. Para sabermos mais sobre as áreas importantes de alimentação e as rotas das tartarugas verdes na APAIPS, o WWF iniciou em 2023 um programa de marcação com dispositivos de transmissão satélite, em parceria com a administração da APAIPS e a Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC), Biofund e BCI (através do Cartão bio), e o Blue Action Fund.
Embora as tartarugas verdes sejam observadas com frequência na APAIPS, encontrá-las para efectuar a marcação está a ser um grande desafio. Ao longo de todo o ano de 2023, técnicos do WWF efectuaram missões à Ilha Caldeira, onde efectuaram intensas caminhadas nas praias ao longo de dias, muitas vezes guiados apenas pelos rastros antigos deixados pelas tartarugas durante a desova. A desova ocorre em números baixos, muito provavelmente em resultado do impacto da captura de tartarugas marinhas e colecta de ovos que tem sido prática comum ao longo de várias décadas. Por isso, essas missões acabaram por ser infrutíferas.
Contudo, graças ao empenho de agentes comunitários e de membros do Conselho Comunitário de Pesca (CCP), no dia 18 de Agosto de 2023, a primeira tartaruga marinha foi marcada por um técnico do WWF (Semo Mapai) em Mucoroge, Distrito de Moma. A tartaruga havia sido capturada por pescadores e trazida para a costa, mas depois abandonaram-na na praia, quando perceberam que outros membros da comunidade tinham ido buscar ajuda para salvá-la junto dos agentes comunitários. Em homenagem à beleza exuberante da APAIPS, a tartaruga foi baptizada com o nome de Orera, que significa "bonita" na língua macua. A Orera é uma tartaruga verde fémea, que acreditamos estar próxima ao início da maturidade, possuindo uma carapaça com 80cm de comprimento e 68cm de largura.
No dia 4 de Dezembro de 2023, o Semo voltou a marcar mais uma tartaruga em Mucoroge em condições semelhantes. Para simbolizar esta grande victória, a tartaruga foi baptizada com o nome de Victória. A Victória é uma tartaruga verde fémea adulta, com uma carapaça de 102cm de comprimento e 93cm de largura.
Os pescadores de Mucoroge costumam pescar próximo de duas ilhas que estão próximas àquela costa: Ilhas Casuarina e Epidendron. Portanto, é provável que a Orera e a Victória tenham sido capturadas próximo a essas ilhas. Realmente, a Orera regressou às proximidades das duas ilhas assim que foi liberta e por lá continua, quatro meses depois. A Victória, assim que foi liberta, também seguiu em direcção ao alto mar, tendo permanecido as primeiras duas semanas em águas longe de qualquer ilha, mas entre a Ilha Epidendron e a Ilha de Moma (mais para Norte).
O marcador satélite é um dispositivo que rastreia a localização do animal, o que permite acompanhar os movimentos de tartarugas marinhas como a Orera e a Victória nos seus locais de alimentação e entre esses locais e os locais de nidificação, e vice-versa. Até ao momento, a Orera ensinou-nos que o habitat ao redor das Ilhas Epidendron e Casuarina é muito provável que seja uma área importante de alimentação. Vamos continuar atentos aos movimentos da Orera e da Victória, e de outras tartarugas marinhas que forem marcadas nos próximos meses, para aprender mais com elas. Assim, elas poderão ensinar-nos quais são as áreas de grande importância para elas na APAIPS e desta forma poderemos adequar as medidas de conservação na APAIPS para melhor conservar estes animais que se encontram ameaçados de extinção globalmente e são legalmente protegidos em Moçambique há várias décadas.
Esta actividade está inserida na estratégia do WWF Moçambique, como parte do objectivo de melhorar a conservação de espécies, que tal como as tartarugas marinhas, estão protegidas, ameaçadas ou em perigo de extinção.
Embora as tartarugas verdes sejam observadas com frequência na APAIPS, encontrá-las para efectuar a marcação está a ser um grande desafio. Ao longo de todo o ano de 2023, técnicos do WWF efectuaram missões à Ilha Caldeira, onde efectuaram intensas caminhadas nas praias ao longo de dias, muitas vezes guiados apenas pelos rastros antigos deixados pelas tartarugas durante a desova. A desova ocorre em números baixos, muito provavelmente em resultado do impacto da captura de tartarugas marinhas e colecta de ovos que tem sido prática comum ao longo de várias décadas. Por isso, essas missões acabaram por ser infrutíferas.
Contudo, graças ao empenho de agentes comunitários e de membros do Conselho Comunitário de Pesca (CCP), no dia 18 de Agosto de 2023, a primeira tartaruga marinha foi marcada por um técnico do WWF (Semo Mapai) em Mucoroge, Distrito de Moma. A tartaruga havia sido capturada por pescadores e trazida para a costa, mas depois abandonaram-na na praia, quando perceberam que outros membros da comunidade tinham ido buscar ajuda para salvá-la junto dos agentes comunitários. Em homenagem à beleza exuberante da APAIPS, a tartaruga foi baptizada com o nome de Orera, que significa "bonita" na língua macua. A Orera é uma tartaruga verde fémea, que acreditamos estar próxima ao início da maturidade, possuindo uma carapaça com 80cm de comprimento e 68cm de largura.
No dia 4 de Dezembro de 2023, o Semo voltou a marcar mais uma tartaruga em Mucoroge em condições semelhantes. Para simbolizar esta grande victória, a tartaruga foi baptizada com o nome de Victória. A Victória é uma tartaruga verde fémea adulta, com uma carapaça de 102cm de comprimento e 93cm de largura.
Os pescadores de Mucoroge costumam pescar próximo de duas ilhas que estão próximas àquela costa: Ilhas Casuarina e Epidendron. Portanto, é provável que a Orera e a Victória tenham sido capturadas próximo a essas ilhas. Realmente, a Orera regressou às proximidades das duas ilhas assim que foi liberta e por lá continua, quatro meses depois. A Victória, assim que foi liberta, também seguiu em direcção ao alto mar, tendo permanecido as primeiras duas semanas em águas longe de qualquer ilha, mas entre a Ilha Epidendron e a Ilha de Moma (mais para Norte).
O marcador satélite é um dispositivo que rastreia a localização do animal, o que permite acompanhar os movimentos de tartarugas marinhas como a Orera e a Victória nos seus locais de alimentação e entre esses locais e os locais de nidificação, e vice-versa. Até ao momento, a Orera ensinou-nos que o habitat ao redor das Ilhas Epidendron e Casuarina é muito provável que seja uma área importante de alimentação. Vamos continuar atentos aos movimentos da Orera e da Victória, e de outras tartarugas marinhas que forem marcadas nos próximos meses, para aprender mais com elas. Assim, elas poderão ensinar-nos quais são as áreas de grande importância para elas na APAIPS e desta forma poderemos adequar as medidas de conservação na APAIPS para melhor conservar estes animais que se encontram ameaçados de extinção globalmente e são legalmente protegidos em Moçambique há várias décadas.
Esta actividade está inserida na estratégia do WWF Moçambique, como parte do objectivo de melhorar a conservação de espécies, que tal como as tartarugas marinhas, estão protegidas, ameaçadas ou em perigo de extinção.
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