Os maiores poluidores do mundo mantiveram reféns as negociações climáticas da ONU

Posted on
16 December 2019
Comunicado de Imprensa
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Os maiores poluidores do mundo mantiveram reféns as negociações climáticas da ONU
 
MADRID, Espanha (15 de dezembro de 2019) - A sessão mais longa da COP da UNFCCC terminou, no domingo de manhã, com grandes países activos - como Estados Unidos, China, Índia, Japão, Brasil, Arábia Saudita e outros - assumindo sua responsabilidade em reduzir as emissões de gases de efeito estufa bloqueando o seu progresso ainda em Madrid. Apesar das sinceras demandas por acções de países vulneráveis, da sociedade civil e de milhões de jovens em todo o mundo, exigindo acção climática imediata, os grandes poluidores resistiram a todos os esforços para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 ° C.
 
Embora descrita como a COP da "ambição", o que ficou evidente em Madrid foi a falta de vontade política de responder à ciência na escala necessária. Governos regressivos lucram com a crise planetária e o futuro das gerações vindouras. Com exceção da União Européia, as negociações mostraram uma completa falta de urgência em agir por parte dos grandes países emissores.

O resultado das negociações não oferece nenhum avanço na organização de um mercado de carbono, respeito pelos direitos humanos, participação do público ou financiamento de perdas e danos causados ​​por impactos climáticos. Esses países deverão justificar suas posições, cada vez mais contrárias à ciência e à opinião pública.

Manuel Pulgar-Vidal, líder da Climate and Energy Practice do WWF, disse: “Apesar dos esforços da Presidência chilena, a falta de compromisso de ampliar a acção climática dos grandes países emissores era demais para superar. Sua posição contrasta fortemente com a ciência, demandas crescentes das ruas e os fortes impactos já sentidos em países vulneráveis.
 
“Sabemos o que precisa ser feito e ficamos sem tempo para voltar atrás ou debater. 2020 deve ser diferente e lutaremos ainda mais pelas pessoas e pela Natureza. Os governos voltarão para casa para enfrentar as crescentes frustrações de movimentos juvenis, cidadãos e comunidades vulneráveis ​​que sofrem com os impactos das mudanças climática, e terão que responder a eles.
 
“Os países ainda têm a chance de mostrar que estão comprometidos em enfrentar a crise climática enviando promessas de mudanças climáticas aprimoradas alinhadas à ciência o mais rápido possível em 2020”, enfatizou.
 
 
 
Sobre o Fundo Mundial para a Natureza
 
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) é uma das organizações independentes de conservação da natureza mais importantes a nível mundial. Conta com cerca de 5 milhões de apoiantes e está activo nos cinco continentes e em mais de 100 países. O seu estilo único combina objectivos globais com critérios científicos, experiência e rigor, envolve acção a todos os níveis, do local ao global e apresenta soluções inovadoras que visam a protecção da vida humana e da natureza. Foi criada em 1961 e desde essa altura tem mantido elevados níveis de sucesso na execução da sua missão: prevenir a degradação do ambiente natural da terra e construir um futuro em que os humanos vivam em harmonia com a natureza.
 
Para mais informações, favor contactar:
 
Guilherme Chirinda – Gestor de Comunicação do WWF Moçambique – 827046090 – gchirinda@wwf.org.mz

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